quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Economia voltou a crescer em novembro, diz BC

A economia brasileira voltou a crescer em novembro, interrompendo uma sequência de três meses de queda, mostraram dados do Banco Central hoje. Os números foram divulgados a dois dias da decisão de política monetária, na qual espera-se que a Selic sofra novo corte de 0,5 ponto percentual. O IBC-BR, índice criado pelo Banco Central para estimar a evolução do Produto Interno Bruto (PIB), indica que o nível de atividade econômica do país experimentou recuperação em novembro de 2011. Na versão dessazonalizada, o IBC-BR subiu 1,15% em novembro, em relação ao mês anterior.

No acumulado dos primeiros onze meses de 2011, o IBC-BR indica crescimento econômico, porém, modesto. O avanço foi de apenas 2,84% em relação a igual período de 2010, na série sem ajustes sazonais, o que reforça a revisão feita pelo Banco Central na projeção para o PIB do ano passado.

No último relatório trimestral de inflação, divulgado em dezembro, o BC informou que projeta para 2011 um crescimento de 3%, percentual inferior aos 3,5% projetados no relatório de setembro. O dado referente ao período de doze meses terminado em novembro de 2011 aponta na mesma direção. O IBC-BR aumentou, na série sem ajustes, 2,97% sobre os doze meses anteriores, divulgou ainda o BC.

De acordo com o relatório Focus do BC, o mercado espera que a economia tenha crescido 2,84%, segundo a mediana das estimativas. Se confirmado, o número marcará uma forte desaceleração ante o crescimento de 7,5% registrado em 2010.

O IBC-Br incorpora variáveis para o desempenho dos três setores básicos da economia: agropecuária, indústria e serviços. Devido a essa abrangência, o cálculo mensal do BC antecipa um indicador similar ao PIB, soma das riquezas produzidas no país e medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No terceiro trimestre, o PIB brasileiro ficou estagnado ante os três meses anteriores, levando o governo a anunciar um pacote de medidas para dar novo estímulo à economia, sobretudo pelo canal do consumo das famílias, que nos últimos anos tem sustentado o crescimento e que registrou queda entre julho e setembro.
Da Agência O Globo

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