quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Quem ama não maltrata. Crueldade contra animais nunca mais!

Anote na sua agenda: 22 de janeiro, a partir das 9h. Essa é a data em que o Brasil vai mostrar que os animais têm voz. Diversos protetores do bem-estar animal, além de simpatizantes da causa, irão participar da Manifestação “Crueldade Nunca Mais”! A ação vai acontecer simultaneamente em várias cidades brasileiras. Fortaleza é uma delas. Na capital cearense, o ponto de concentração é na Av. Beira Mar, em frente ao McDonalds.

Na pauta da manifestação está a reivindicação junto a Polícia Civil e a Justiça de Goiás de que a lei de crime ambiental (nº 9605, art. 32) seja cumprida e que a acusada pela morte do cãozinho Yorkshire de Formosa-GO seja presa. Outras reivindicações serão debatidas no evento nacional como a exigência por mais rigor na punição de maus tratos a animais. A lista completa com os pleitos será divulgada até o dia 7 de janeiro.

Sobre a manifestação, a apresentadora Luisa Mell, famosa ativista da causa do bem-estar animal, destaca o poder da coletividade e conclama a todos que defendem os direitos dos peludos a participar da ação. “Nós devemos fazer alguma coisa e podemos. Temos que fazer nossa parte para que casos como do cãozinho Yorkshire não ocorra mais. Esses atos covardes devem ser rigorosamente punidos. Por isso conto com sua participação e com seu coração no dia 22 de janeiro, numa grande manifestação para mostrar que não concordamos e não aceitamos mais isso”, argumenta Luisa em vídeo divulgado pelo site oficial da manifestação.

O objetivo, afirma o site do evento, é chamar a atenção do Brasil para que tantos crimes cometidos contra os animais sejam punidos, conforme prevê a Lei. Além de Fortaleza, outras cidades confirmaram a adesão ao movimento, são elas: Salvador, Brasília, Vitória, Marataízes, Formosa, Goiânia, Região metropolitana de São Luís (São Luís, Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar), Belo Horizonte, Uberlândia, Três Corações, Barbacena, Campo Grande, Rondonópolis, João Pessoa, Recife, Teresina, Curitiba, Maringá, Araucária, Paranavaí, Rio de Janeiro, Niterói, Porto Alegre, Pelotas, Caxias do Sul, Florianópolis, São Paulo e outras.

Os protetores cearenses podem obter mais informações na página de evento do facebook, sob responsabilidade de Rúbia Bernardes e Lucia Erlane (http://www.facebook.com/events/141266059319255/). Vale ressaltar que todas as associações do Ceará que defendem os direitos dos animais, assim como simpatizantes, já confirmaram, através de ações nas redes sociais, a adesão ao movimento.

O poder dos “gateiros e cachorreiros”
Uma matéria veiculada, em outubro de 2011, pelo jornal Estado de São Paulo, revela o poder do envolvimento dos protetores de animais, os quais o colunista Dener Giovanini apelidou carinhosamente de “gateiros e cachorreiros”. Sob o ponto de vista de Giovanini, esses voluntários se sobressaem pela disposição de cada um em sacrificar-se em prol de um animal. “Nenhum grupo político ou religioso possui integrantes dispostos a tanto sacrifício pessoal como é o caso dos gateiros e cachorreiros. Nenhum grupo social tem uma capacidade de mobilização tão forte quanto eles. É impressionante”, diz o colunista.

Giovanini ainda chama atenção ao fato de uma mobilização conseguir atuar com falta de estrutura e escassez financeira. “Além do grande poder de mobilização, outra característica é muito singular: grana. Ou melhor, a falta dela. Em 25 anos de lida diária na causa ambiental, nunca vi um “movimento social” trabalhar sem ganhar. Pelo contrário. Penso que os protetores de animais é o único grupo que tira do próprio bolso o financiamento para as suas causas. Eles não são empregados em ONGs, não recebem bons salários como a grande parte dos ambientalistas profissionais, não dispõe de financiamento público e muito menos recebem emendas de parlamentares. O dinheiro deles vem das “vaquinhas”, das “rifas” e dos trocados que conseguem juntar impondo-se algum sacrifício pessoal”, resume o colunista.

No facebook, por exemplo, um grupo de pessoas inconformadas com a situação precária de muitos animais criou o Vakinha Permanente, onde cada membro deposita mensalmente o simbólico valor de R$ 10,00. No mural do perfil são expostos os casos de vários animais que necessitam de cuidados. Os participantes votam no caso prioritário. O dinheiro arrecadado pelas doações é utilizado para custear o tratamento. A prestação de conta é feita à medida que os valores são depositados. Da mesma forma são explanadas as despesas com consulta e medicamentos.

De acordo com a descrição do perfil, o Vakinha “nasceu da idéia de canalizar ajudas, no sentido de oferecer um suporte integral ao animal abandonado, doente e de rua. Antes, nossos esforços eram pulverizados, ajudávamos um aqui, outro ali, e não tinha muita eficácia, pois não tínhamos dinheiro considerável, todo mês. Com uma contribuição mensal pequena, de 10 reais, que todos poderão pagar sem sacrificar seu orçamento, podemos ajudar diversos animais”. 

Até o fechamento desta matéria, o grupo Vakinha Permanente é formado por 167 membros. Eles acompanham pelo perfil a evolução dos tratamentos dos animais resgatados. A legenda da imagem de um cachorrinho tratado após ter sido espancado traduz a combatividade desses protetores. “Quero ver alguém me chutar e me bater de pau agora que tenho 104 (sic) membros do Vakinha Permanente pra me defender!!!!!!!!!(sic)”. Bem, a verdade é que quem ama, não maltrata. Crueldade contra animais nunca mais!

Mais informações: www.crueldadenuncamais.com.br

Com informações do jornal Estado de São Paulo e site da manifestação
Fonte: Agência da Boa Notícia

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